domingo, 21 de fevereiro de 2010

Opressivo e Cinza? Não, crescer sob o comunismo foi a melhor época de minha vida

Aqui vai um interessante artigo de Zsuzsanna Clark sobre o comunismo húngaro: http://www.dailymail.co.uk/news/article-1221064/Oppressive-grey-No-growing-communism-happiest-time-life.html##ixzz0X1KynO5C

Ela viveu na Hungria dos anos 70 e 80 e as histórias que conta são bem diferentes da que a mídia tenta passar para nós. Pobreza? Fome? Repressão? Como vocês acham que era a vida de um cidadão comum que vivia por trás da "Cortina de Ferro"?

É um relato maravilhoso, de um mundo completamente diferente. Com outras maneiras de pensar e de encarar a vida. Um mundo em que o que vale é a camaradagem e não o dinheiro, em que a cultura, a educação, a saúde, o lazer e o trabalho são os pilares fundamentais da sociedade.

Admiro a paixão com que ela expressa seu amor pela pátria socialista, porém não deixo de ler este texto com um olhar crítico. Por mais que ela tenha vivido em um país socialista, percebo que ela não tem muito conhecimento de política, de história e do socialismo em geral. Vivendo na Grã-Bretanha ela claramente ouviu algumas bobagens ocidentais por lá. Como por exemplo a lenda de que o "Stalinismo" era o terror puro e que foi o "comunismo liberal" húngaro que garantiu tudo aquilo para seu povo. Se ela buscasse fazer contato com soviéticos, com iugoslavos, com albaneses, ela basicamente ouviria histórias bastante parecidas com a sua.

O fato de sua mãe ter tido uma infância dura não se relaciona com o malvado Stálin, mas sim com a destruição causada pela Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Os primeiros anos de socialismo depois da guerra foram tremendamente duros e sofridos. Falta de comida, de produtos industrializados, de tudo. Os países haviam sido reduzidos a pó e tiveram que ser reconstruídos do zero praticamente. O esforço do povo foi gigantesco, porém recompensador. Só como lembrete, os países socialistas dependeram de si mesmos - e da URSS - para se reconstruírem após a guerra, não houve qualquer tipo de ajuda internacional. Imaginem o trabalho que estas pessoas tiveram e as condições em que viviam, com tudo bombardeado e em ruínas à sua volta.

E só mais um lembretezinho para o leitor, a Hungria, junto com a República Democrática da Alemanha, com a Iugoslávia e com a União Soviética foram os países ditos socialistas que alcançaram os melhores padrões de vida.

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